sexta-feira, janeiro 05, 2007

Meu Amigo

É, para todos nós, enorme a dor e a saudade da tua ausência.
A tristeza invade-nos a alma, fazendo-nos perder a vontade sobre tudo de bom que esta vida nos dá. Parece que agora nada mais faz sentido, ficamos sem vontade de rir, ou apreciar seja o que for.
Sabemos que existe um pequeno “tocalitocas” que precisa de nós, e que por ele temos de estar de bem com a vida. Por ele nos esforçamos.
Mesmo neste momento, meu querido sogro e amigo, em que tentas descansar de tanta adversidade que viveste, ainda és tu quem suporta a nossa angústia e dor, quem nos consola, quem nos ampara.
É em ti que nos apoiamos para minimizar o sofrimento. Eu explico: A S. recebeu de prenda de Natal um livro que se intitula algo como os conselhos da mãe. Trata-se de um livro com frases que as mães dão aos filhos. Sempre que tivermos uma dúvida sobre qualquer coisa abrimos uma página do livro e encontramos um bom conselho que se aplica. Contigo é mais ou menos a mesma coisa, sempre que estamos pior lembramo-nos do que tu poderias dizer naquela altura, e o teu conselho nos ajuda sempre a sentir melhor.
Sinto-me mal em empregar a palavra sofrimento, sendo eu teu genro e a S. a tua filha, mas acredita que embora ela seja tua filha e eu teu genro, eu sinto muito a tua falta, choro pela tua ausência, e tenho muitas saudades tuas.
Nunca nos vamos esquecer do momento em que nos conhecemos, nem das primeiras vezes que nos vimos. Os nossos primeiros contactos, e a forma como eles se realizavam, criaram em nós um elo de cumplicidade e amizade muito grande, sobre o qual quase nem falávamos. Estive sempre do teu lado e sempre te admirei. Aprendi muito contigo, com a história da tua vida, e acredito que continuarei a aprender. Quero que saibas que desde o primeiro momento que te vi te comecei a admirar e muito!
Foram sempre tão ricos os nossos momentos, que eu sou feliz por ter tido a honra de ser teu genro.
Tínhamos planos para te ajudar a poderes voar de novo, cheguei a falar disso contigo (sem te dizer o que era) na última vez que estivemos juntos. Pena foi que a vida não nos deu tempo. Já imaginava tu mais feliz no trabalho e na família, Junto como o R., mais perto da S.
Querido amigo, juro-te que na primeira oportunidade te farei um brinde com vinho da Adega Cooperativa de Pias de que tanto gostavas, e te prometo levar lá o T. (quando ele tiver idade de provar) e bebermos lá em tua honra.
Recebe estas saudades do teu abraço amigo, e obrigado por tudo que nos deste.